Quando um amor eterno, dá lugar a outro.

Quando a gente ama um amor de verdade, uma vida de verdade renasce dentro da gente, em volta da gente, em tudo que parece ser humano e que habita pelo nosso corpo e alma e espírito.

E tudo parece se tornar humano.

Dentro e fora do coração e dos sonhos e dos medos e do passado e do futuro e do presente que é este “amor”.

Mas, se por algum motivo ou fatalidade você pular para o futuro e esse amor ficar numa caixinha enterrada dentro do passado, enterrado dentro do seu coração, dentro da sua certeza de felicidade, certamente você dirá que o amor é uma coisa que acontece só uma vez na vida. E é para vida toda.
Mas o tempo passa e vai arrastando a gente pelo mundo.

E a gente vai seguindo a vida tão só, tão dolorido... com um passado demasiado pesado. Porque dentro dele está tudo que a gente conhece por “amor”.
Mas, por tudo que há de sagrado em todas as formas de amar, um dia, de algum lugar, por algum motivo, alguém surge.

E traz um brilho diferente nos olhos e os olhos são alegres.

E diz coisas boas de ouvir.

E fala palavras que curam as feridas da tua saudade...

E o passado permite que esta pessoa entre em seu presente.

E aquele amor, que parecia ser único, dá lugar a este olhar.

E o seu coração aprende que: amor a gente aprende a amar.

Mesmo que aquela caixinha continue guardada na gaveta da tua saudade.

(Texto feito pra mim, por Kadu Lago)