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Salmo

Posted by Telles Guimaraes on terça-feira, maio 22, 2012


Vida Oh bela, oh terna, oh santa 
Vida 
É breve, é grande, é tanta 
Vida
 Ai, de quem não te canta Oh vida 
 Diante da vida delirante 
Ai, de quem, vacilante ai de quem não 
Repousa e não ousa viver
 Deve passar toda existência 
Entre o medo e a ansiedade 
Não quero ter calmaria 
Eu quero ser tempestade 
Eu quero ser ventania 
Eu quero andar pela cidade 
Me embriagando de poesia
Bebendo a claridade 
Da luz do dia 
 Diante da vida comovente 
Ai de quem, tão somente Reclama 
e não ama viver 
Deve ter feito dentro d’alma 
Um vasto mar de amargura 
Não quero ter agonia 
Eu quero sim, a locura 
O fogo da fantasia 
Um precipício de aventura 
A vida vindo como orgia 
No ofício da procura 
De todo dia 
Diante do espelho dos seus olhos 
Ai, de quem não se vê 
Não vê seu destino 
Eu quero ver meu desatino 
Frente a frente e poder dizer: 
"Você é quem sempre me dá prazer 
Entre você e a calma eu quero ser você, ai" 
 Diante do abismo do mistério 
Ai, de quem se esconder 
Não vai saber 
Eu quero o salto pra vertigem 
De mim mesmo e poder dizer:
 "Eu era o caos e o caos eu quero 
Eu quero o nada, o germe, eu quero a origem de tanto querer, ai"
 Diante da vida que é sublime
 Ai, de quem se reprime 
Se ausenta e nem tenta viver 
Deve ficar olhando o mundo
 E lamentando sozinho 
Não quero ter letargia
 Eu quero ser rodamoinho 
Eu quero ser travessia 
Eu quero abrir o meu caminho 
Ser minha própria estrela-guia 
Virar um passarinho 
Cantando a vida assim 
Cantando além de mim
 E além de além do fim

 Voz: Maria Bethânia 
 Disco - Oásis de Bethânia 
Letra: Rafael Rabelo e Paulo Cesar Pinheiro

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